Taí, gostei!

Aqui eu compartilho com meus amigos aquilo que encontro de melhor pelo mundo afora: lugares, livros, discos, pessoas, restaurantes, blogs, poemas, etc.

Thursday, October 27, 2005

Jules Bistro

Uma das grandes vantagens de se morar em Nova York é a enorme quantidade de restaurantes na cidade. Tem comida de tudo quanto é lugar do mundo. Eu, por exemplo, virei fã de comida ucraniana, indiana e etíope depois que vim morar aqui. E tem comida muito boa de tudo quanto é preço. Desde o falafel de $2.75 do Mamoun's até o menu degustação "Omakase" de $100 do Nobu.

Diante de tantas opções fica difícil escolher um favorito. Mas se alguém me perguntasse hoje diria que é o Jules Bistro. Não só pela deliciosa comida francesa de bistrô ou pelo melhor "eggs benedict" que eu já provei, mas por todo o ambiente de lá. Já do lado de fora o restaurante é charmoso, meio escondido embaixo de uma townhouse na St. Marks. Dentro, ele é super aconchegante, sem ostentação, e toda noite rola jazz ao vivo (sem couvert artístico). E tem um bar simpático onde dá pra ir só pra tomar um drink e ouvir a música. O maître e os garçons às vezes estão um pouco mal-humorados, mas nada que fuja ao estilo francês de ser.

Monday, October 17, 2005

Luciana Souza

Eu adoro música brasileira e sou fã de várias cantoras (como Adriana Calcanhotto, Marisa Monte, Monica Salmaso e Teresa Cristina). A minha mais nova "descoberta" é Luciana Souza. Ela mora aqui em NY e eu já tinha ouvido falar nela algumas vezes, mas sem me interessar muito até ler um post no blog New York On Time sobre ela. Aí arrastei o Roberto pra ver um show de graça que ela deu na Madison Square (a praça mesmo, não o estádio) no dia 13 de julho desse ano. Chegamos atrasados mas valeu à pena a correria! O show foi um duo dela com o violonista Romero Lubambo. Ficamos impressionados com a voz e a capacidade que ela tinha de improvisar num estilo jazzístico sem soar forçado. E o repertório também foi muito bom, misturando clássicos com coisas menos conhecidas, inclusive do pai dela que é compositor. Depois comprei o CD "Brazilian Duos" (capa ao lado) e ainda não cansei de ouvir. Agora estou querendo comprar os outros CDs.

Friday, October 14, 2005

Ser tia

Sou tia e madrinha dessa menina linda e sapeca chamada Luana. Ela tem só um ano e meio, mas já sabe dar beijo, adora pão-de-queijo e adora brincar com o "au-au" Charlotte. Também adora ver o Barney na televisão. Quando aparece o tal Barney, ela larga tudo na mesma hora e vai pra frente da televisão dançar empolgadaça a musiquinha (chatérrima para adultos) que o Barney canta.

Já deu pra notar que eu fico meio boba falando da Luana, né? Pois é, eu sou completamente apaixonada por ela. É um tipo de amor que nunca tinha sentido antes. Acho que só será comparável ao amor que sentirei pelos meus próprios filhos.

Thursday, October 13, 2005

The Hours

Eu não sei se foi por causa da trilha sonora de Philip Glass, ou das atuações de Nicole Kidman, Julianne Moore e Meryl Streep, ou da história baseada no livro de Michael Cunningham, ou das flores que aparecem em momentos estratégicos, ou das lindas imagens em Nova York, Los Angeles e na Inglaterra, ou do retrato de profundas questões existenciais, ou de tudo isso junto e mais um pouco, mas esse filme me hipnotizou completamente e mexeu muito comigo.

(imagem: http://www.afterellen.com/Movies/2002.html)

Wednesday, October 12, 2005

Matisse

Há algumas semanas atrás fomos ver a exposição Matisse: The Fabric of Dreams, His Art and His Textiles no Metropolitan Museum. Eu amo Matisse há muito tempo e sempre gostei do colorido nas paredes dos quartos que ele pintava. Sempre achei que fosse papel de parede, mas nessa exposição descobri que eram tecidos que ele comprava no mundo inteiro e pendurava nas paredes. Foi muito legal ver como ele via os tecidos de forma diferente do que eles realmente eram (na minha visão não-artística), exagerando bastante os desenhos e as cores. E ele ainda comprava roupas típicas de outros países (como Turquia e Romênia) pra vestir as modelos, como no quadro aqui ao lado. Aliás, esse foi um dos quadros de que eu mais gostei na exposição.

(imagem: http://www.ncmoa.org/graphics/matisse/pics/)

Tuesday, October 11, 2005

Poema

Árvore de Sangue
(Roberto Oliveira)

A uma praia
Fui em pensamento
Para ver o mar,
Símbolo do esquecimento.

Uma onda se levanta,
E depois se contradiz.
Outras ondas se levantam
E morrem debaixo do meu nariz

Como se nada acontecera
E cada dia, cada minuto
Fora sempre algo novo.

Me surpreendo,
Porque sou feito de recordações;
Porque sou uma árvore de sangue.


(imagem: http://www.trollsims.com/plants/)