Taí, gostei!

Aqui eu compartilho com meus amigos aquilo que encontro de melhor pelo mundo afora: lugares, livros, discos, pessoas, restaurantes, blogs, poemas, etc.

Monday, June 19, 2006

Museu da Língua Portuguesa

Eu e o Roberto aproveitamos a promoção da Gol e o feriado pra ir passar dois dias em São Paulo. A idéia era conhecer a cidade que nós dois pouco conhecíamos e fazer programas culturais e gastronômicos. Fizemos muita coisa legal, mas o destaque da viagem (pelo menos na minha opinião) foi visitar o novíssimo Museu da Língua Portuguesa na Estação da Luz. Não é bem um museu, mas um centro multimídia super interativo onde você pode aprender muito sobre a língua portuguesa falada no Brasil e sobre línguas em geral. É tudo tão lindo, tão bem feito que dá vontade de ficar horas lá dentro. E assistir ao programa do auditório do terceiro andar vale muito à pena. Só não vou contar mais pra não estragar a surpresa.

Monday, June 05, 2006

Rio - Niterói - Rio



Passeio para ver Renascimento e Miró no Paço Imperial e MAC.

Thursday, February 23, 2006

Sonho Meu

Música boa não tem tempo nem lugar certo pra tocar. Eu já gostava da música Sonho Meu composta pela D. Ivone Lara desde quando era criança. Tenho uma mémoria nítida de um dia que essa música tocou num restaurante na praia de Bombinhas, em Santa Catarina, quando tinha uns 10 anos. Agora estou ouvindo e curtindo a mesma música num Starbucks em Nova York (aliás, aqui toda hora toca música brasileira em lojas, cafés, etc). Eu não me lembro que versão eu ouvi no restaurante quando era criança, mas aqui toca uma linda da Maria Bethânia com a Gal Costa.

Wednesday, February 15, 2006

The Elephant Vanishes

Há quase dois anos atrás, uma amiga nos chamou pra assistir uma peça japonesa no Lincoln Center. Fomos sem saber direito do que se tratava e vimos The Elephant Vanishes, uma peça genial baseada no livro de contos do Haruki Marukami. O que nos chamou mais atenção foi o cenário multimídia cheio de efeitos diferentes e bem entrosados com as estórias, que aliás achamos bem interessantes. Depois disso, fiquei super curiosa pra ler alguma coisa do autor e resolvi comprar o livro que deu origem à peça. Finalmente li o livro e também gostei bastante, embora de uma maneira bem diferente do que da peça. A peça é mais tecnológica e mecânica, enquanto o livro passa mais da cultura e do jeito de pensar dos japoneses, falando principalmente da solidão e das decepções da vida. Os personagens de quase todos os contos tem por volta de 30 anos e vivem situações inusitadas (ou até surreais) que os fazem refletir sobre a vida. A tradução é um pouco estranha porque tem muitas expressões que são pouco usadas em inglês. Mas por um lado é até bom porque reflete melhor o jeito japonês de pensar.

Wednesday, February 08, 2006

Angra dos Reis

Do ar










Do mar















Monday, January 16, 2006

Canon PowerShot S400

Eu não entendo nada de fotografia e não sei mexer em câmeras sofisticadas. De vez em quando curto tirar umas fotos de brincadeira mas confesso que não tinha tido muito sucesso antes de comprar a minha fiel companheira Canon Powershot S400 há dois anos atrás. Depois disso, meio que por milagre, de vez em quando tiro umas fotos legais, como essa aí debaixo tirada no dia 30 de dezembro de 2005 em Tulum, no México.

Friday, January 06, 2006

San Francisco

Minha querida amiga Laila e eu num dia lindo de sol em San Francisco (27 de novembro de 2005). Essa é a minha segunda cidade preferida nos EUA, depois, é claro, de NY. Também simpatizo muito com Boston e Chicago, mas como não conheço tão bem não dá pra comparar.

Thursday, December 08, 2005

Cora Rónai

Eu passo pelo blog da Cora quase todos os dias, principalmente para saber o que está rolando no Rio e matar as saudades. Gosto muito de ler o que ela escreve, ver as fotos e acompanhar as discussões nos comentários, já que o blog é super bem frequentado. Hoje encontrei essa crônica dela lá no blog e achei que tinha tudo a ver com a foto no post abaixo:

Os dias lindos e a banda malsã do paraíso

Considerações sobre a vida, as mutretas da prefeitura e a Daspu, uma grife bacana

Na ponta das minhas pedaladas em Berlim, há alguns meses, sobraram duas semanas de férias. Há 14 dias, elas me pareciam um verdadeiro latifúndio calendário: quantas coisas eu não faria, quantas fotos, quantas caminhadas! Hoje, a impressão é que mal pude me espichar na rede e abrir um livro; aquele tempo aparentemente enorme acabou reduzido a um simples piscar de olhos.


Desta vez, fui pouco original nos meus rumos. Escolhi uma cidade de cartão postal, que para meio mundo é sinônimo de praia e de aventura; um lugar lindo mesmo quando chove, com tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo que é impossível ficar em dia com o que está no ar, quanto mais manter a agenda atualizada.

Na minha janela, uma das paisagens mais emocionantes do planeta; do outro lado da rua, um deslumbrante espelho d'água, cercado de árvores, com uma quantidade de pássaros fazendo algazarra ao entardecer. E tudo isso a um preço bastante convidativo: passei duas semanas em casa.

* * *

Muitas coisas aconteceram durante as minhas férias, de shows de rock à inauguração da árvore da Lagoa -- que, para mim, a cada ano fica mais bonita. Sou fã da árvore e até da confusão que faz à minha porta: acho que vale ficar um mês sem pedalar pela Lagoa para ver tanta gente contente, que vem de longe e transforma a visita a este peculiar arranjo de luzes num passeio digno de registro.

Tanto assim que, mal foi inaugurada, já perdi a conta do número de namorados e de famílias que, vendo-me por ali de câmera em punho, me estenderam suas máquinas, pedindo que, por favor, lhes sacasse uma foto. Pelas minhas mãos passaram, nos últimos dias, digitais de todos os tipos e feitios, das mais simplinhas a modelos que eu ainda não conhecia; passaram celulares, xeretas descartáveis e até algumas máquinas 35mm, de filme, que nem sei mais usar.

Em cada uma registrei, em primeiro plano, pessoas sorridentes, alegres com o simples fato de terem visto uma árvore iluminada flutuando na água.

* * *

Dei sorte: peguei dias radiantes, daqueles em que o Rio chega a doer de tão bonito. Não pela boniteza, naturalmente, mas por sabermos o quanto de mal se esconde por trás do cenário deslumbrante. É a dor do paraíso perdido, da cidade assassinada, do coração partido.

Num desses dias, o poeta Geraldinho Carneiro, meu irmão querido, telefonou:

-- Pare qualquer coisa que esteja fazendo e vá imediatamente olhar o pôr-do-sol!

-- Carneirinho, sabe o que estou fazendo? Estou fotografando. O pôr-do-sol.

E estava mesmo. Vinha pela Visconde de Pirajá quando o dia me empurrou para a praia. A luz, o brilho, o cheiro da maresia: não dava para resistir. E lá fui eu, feito uma gringa, de bolsa a tiracolo, calça enrolada e sandália na mão, meter os pés na areia e na água, embevecida com o sol que se punha atrás dos Dois Irmãos. Contrariando os conselhos do meu mestre Flávio Damm, que recomenda que não se vá sequer a missas de sétimo dia sem levar a câmera, a máquina ficara em casa; mas é para momentos assim que existem os celulares turbinados.

Fiz várias fotos e continuei pela praia até Ipanema. Já no calçadão sacudi a areia, calcei as sandálias e voltei para casa, morta de paixão pela minha cidade e de ódio pelos seus governantes ineptos e canalhas, incapazes de perceber a grandeza e a fragilidade do tesouro que lhes foi confiado.

Na noite daquele mesmo dia, o ônibus 350 seria incendiado.

* * *

Enquanto isso, de São Paulo, vem a prova de que este país anda mesmo de pernas pro ar. Os advogados da Daslu, aquela loja para deslumbrados egocêntricos, que faz contrabando e sonega impostos em larga escala, teve a audácia de mandar uma notificação para a Daspu, pequena firma de moças pobres e trabalhadoras, para que desistam da marca.

A Daspu, vocês sabem, é das putas: foi criada pela ONG Davida, que luta para dar dignidade e apoio a mulheres que, no fundo, não ganham a vida de forma tão diferente assim de boa parte da clientela da Daslu.

Pois querem saber? Eu, que morreria de vergonha de usar uma roupa Daslu, estou com a Daspu e não abro. Vão em frente, meninas, vocês, sim, são guerreiras!

Boa sorte, e todo o meu carinho.

* * *

Curiosa esta CPI que vai investigar as relações espúrias entre o senhor Victor Fasano e o nosso dinheiro, não? Aberta por um deputado do PFL, numa casa presidida pelo PFL,tem cara de pizza, forma de pizza, cheiro de pizza. Imagino o raciocínio dos pizzaiolos:

-- Melhor abrir logo uma CPI antes que alguém realmente disposto a apurar os fatos o faça... A gente enrola, faz umas audienciazinhas meia-bomba e sossega aqueles malucos que gostam de bicho. Para não falar nos otários que pagam imposto e que votam ano que vem...

(Cora Rónai, O Globo, Segundo Caderno, 8.12.2005)

Sunday, December 04, 2005

Rio de Janeiro

Foto tirada por Sandra Mara Mazzoni no dia da inauguração da árvore de Natal da Lagoa (26/11/2005).

Thursday, December 01, 2005

The Great Gatsby

Terminei de ler esse livro ontem no avião enquanto sobrevoava o Queens, vendo a vista de Manhattan à minha esquerda, um pouco antes de pousar no Aeroporto La Guardia. Até que foi bem apropriado, dado que a estória se passa em Long Island e Manhattan, e a Queensboro Bridge é cruzada pelos personagens várias vezes. Adorei o livro. Dá pra entender porque virou um clássico da literatura americana. Mostra muito da cultura dos anos 20, é muitíssimo bem escrito (dá vontade de ler cada frase várias vezes) e a estória é super envolvente.
Também estou feliz porque é mais um livro da lista dos 100 melhores romances do século que eu leio. Desses, eu só li "Admirável Mundo Novo" (excelente), "Cem Anos de Solidão" (excelente), "1984" (excelente), "Mrs. Dalloway" (médio) e comecei a ler mas não consegui terminar o "Memorial do Convento" (do Saramago eu só consegui ler, e adorei, o "Ensaio sobre a Cegueira"). Não dá pra levar muito a sério essa estória de lista dos melhores, mas vale como guia de livros clássicos.

Wednesday, November 16, 2005

Mais Central Park


Dessa vez com amigas queridas Angela e Carol.

Monday, November 07, 2005

Central Park no outono































Wednesday, November 02, 2005

Poema II

Outro poema do Roberto. Mesmo antes da gente começar a namorar eu já tinha me apaixonado pelos poemas dele que li numa página da internet. Aliás, chequei agora e a página ainda existe. Pena que ultimamente ele não venha mais escrevendo tantos poemas.

Anti-soneto
(Roberto Oliveira)

Quem escreve um soneto esperando
apreender da realidade um átimo
aposta no difícil e ilegítimo
como se do quebra-cabeça jogando

as suas peças todas pelo ar,
enquanto a natureza nos refoga
e o mundo vem, nos come, cospe e caga,
caíssem as peças todas no lugar.

O soneto é, portanto, um anti-mundo
porque imundo e caos é tudo e paradoxo
é o próprio universo bom e mal.

Não rimam a criança e o maremoto.
As coisas não nos dizem o seu nexo;
poetizá-las é trabalho pouco ateu.

Thursday, October 27, 2005

Jules Bistro

Uma das grandes vantagens de se morar em Nova York é a enorme quantidade de restaurantes na cidade. Tem comida de tudo quanto é lugar do mundo. Eu, por exemplo, virei fã de comida ucraniana, indiana e etíope depois que vim morar aqui. E tem comida muito boa de tudo quanto é preço. Desde o falafel de $2.75 do Mamoun's até o menu degustação "Omakase" de $100 do Nobu.

Diante de tantas opções fica difícil escolher um favorito. Mas se alguém me perguntasse hoje diria que é o Jules Bistro. Não só pela deliciosa comida francesa de bistrô ou pelo melhor "eggs benedict" que eu já provei, mas por todo o ambiente de lá. Já do lado de fora o restaurante é charmoso, meio escondido embaixo de uma townhouse na St. Marks. Dentro, ele é super aconchegante, sem ostentação, e toda noite rola jazz ao vivo (sem couvert artístico). E tem um bar simpático onde dá pra ir só pra tomar um drink e ouvir a música. O maître e os garçons às vezes estão um pouco mal-humorados, mas nada que fuja ao estilo francês de ser.

Monday, October 17, 2005

Luciana Souza

Eu adoro música brasileira e sou fã de várias cantoras (como Adriana Calcanhotto, Marisa Monte, Monica Salmaso e Teresa Cristina). A minha mais nova "descoberta" é Luciana Souza. Ela mora aqui em NY e eu já tinha ouvido falar nela algumas vezes, mas sem me interessar muito até ler um post no blog New York On Time sobre ela. Aí arrastei o Roberto pra ver um show de graça que ela deu na Madison Square (a praça mesmo, não o estádio) no dia 13 de julho desse ano. Chegamos atrasados mas valeu à pena a correria! O show foi um duo dela com o violonista Romero Lubambo. Ficamos impressionados com a voz e a capacidade que ela tinha de improvisar num estilo jazzístico sem soar forçado. E o repertório também foi muito bom, misturando clássicos com coisas menos conhecidas, inclusive do pai dela que é compositor. Depois comprei o CD "Brazilian Duos" (capa ao lado) e ainda não cansei de ouvir. Agora estou querendo comprar os outros CDs.

Friday, October 14, 2005

Ser tia

Sou tia e madrinha dessa menina linda e sapeca chamada Luana. Ela tem só um ano e meio, mas já sabe dar beijo, adora pão-de-queijo e adora brincar com o "au-au" Charlotte. Também adora ver o Barney na televisão. Quando aparece o tal Barney, ela larga tudo na mesma hora e vai pra frente da televisão dançar empolgadaça a musiquinha (chatérrima para adultos) que o Barney canta.

Já deu pra notar que eu fico meio boba falando da Luana, né? Pois é, eu sou completamente apaixonada por ela. É um tipo de amor que nunca tinha sentido antes. Acho que só será comparável ao amor que sentirei pelos meus próprios filhos.

Thursday, October 13, 2005

The Hours

Eu não sei se foi por causa da trilha sonora de Philip Glass, ou das atuações de Nicole Kidman, Julianne Moore e Meryl Streep, ou da história baseada no livro de Michael Cunningham, ou das flores que aparecem em momentos estratégicos, ou das lindas imagens em Nova York, Los Angeles e na Inglaterra, ou do retrato de profundas questões existenciais, ou de tudo isso junto e mais um pouco, mas esse filme me hipnotizou completamente e mexeu muito comigo.

(imagem: http://www.afterellen.com/Movies/2002.html)

Wednesday, October 12, 2005

Matisse

Há algumas semanas atrás fomos ver a exposição Matisse: The Fabric of Dreams, His Art and His Textiles no Metropolitan Museum. Eu amo Matisse há muito tempo e sempre gostei do colorido nas paredes dos quartos que ele pintava. Sempre achei que fosse papel de parede, mas nessa exposição descobri que eram tecidos que ele comprava no mundo inteiro e pendurava nas paredes. Foi muito legal ver como ele via os tecidos de forma diferente do que eles realmente eram (na minha visão não-artística), exagerando bastante os desenhos e as cores. E ele ainda comprava roupas típicas de outros países (como Turquia e Romênia) pra vestir as modelos, como no quadro aqui ao lado. Aliás, esse foi um dos quadros de que eu mais gostei na exposição.

(imagem: http://www.ncmoa.org/graphics/matisse/pics/)

Tuesday, October 11, 2005

Poema

Árvore de Sangue
(Roberto Oliveira)

A uma praia
Fui em pensamento
Para ver o mar,
Símbolo do esquecimento.

Uma onda se levanta,
E depois se contradiz.
Outras ondas se levantam
E morrem debaixo do meu nariz

Como se nada acontecera
E cada dia, cada minuto
Fora sempre algo novo.

Me surpreendo,
Porque sou feito de recordações;
Porque sou uma árvore de sangue.


(imagem: http://www.trollsims.com/plants/)